terça-feira, 14 de agosto de 2012

SOBRE COMPARTILHAR A DOR

Por Tuane Vieira

Aquelas são as pessoas. As que te conhecem por um período da sua vida que equivale a mais importante, a mais viva. A fase da vida em que os amigos e os inimigos são para sempre. São desses que vc espera sempre o melhor e o pior, sem nunca contar que será diferente.

Nos vemos sempre de lados opostos. Tudo que eu sonhei pra mim, você não é. Mas como o pouco de nós duas (ou nós dois) nos completa, nos é o suficiente pra prosseguir e se faz necessária para entender o pouco que entendemos uns dos outros. Faz com que não tentemos nos explodir. É ele que sustenta o fio de respeito que há entre nós. Existe uma linha muito tênue nessa situação, mas não sei quando foi que ela ficou ainda mais fraca. Quase não a sinto, e isso está fazendo com que a balança saia da igualdade.

Não há como acalmar mares bravios ou incêndios descontrolados. Não há como domar um leão com fome. Há a natureza das coisas, das pessoas. 

Cada um sabe a dor e a delícia de ser quem é. Cada um dorme com seus problemas debaixo do travesseiro. Mas eu não deveria estar falando isso pensando em vocês. Vocês deveriam sussitar outro tipo de lembrança: as mais doces. E a única coisa que eu penso em relação a todas essas pessoas é o perdão, ou como fazer para que elas não me perturbem mais... não foi isso que eu sonhei, entendeu?

Difícil de crescer é entender que a maioria dos seus sonhos humanitários e ideológicos são desmerecidos, minuto a minuto, por quem você mais considera. E pra não se deixar afetar, haja açucar.

Parafraseando Nelson: "É preciso muito cinismo pra chegar às bodas de zinco".


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